Aterro
é a disposição ou aterramento do lixo sobre o solo e deve ser
diferenciado, tecnicamente, em aterro sanitário, aterro controlado e
lixão ou vazadouro.
Aterro
Sanitário
É
um processo utilizado para a disposição de resíduos sólidos no
solo, particularmente, lixo domiciliar que fundamentado em critérios
de engenharia e normas operacionais específicas, permite a
confinação segura em termos de controle de poluição ambiental,
proteção à saúde pública; ou, forma de disposição final de
resíduos sólidos urbanos no solo, através de confinamento em
camadas cobertas com material inerte, geralmente, solo, de acordo
com normas operacionais específicas, e de modo a evitar danos ou
riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os impactos
ambientais.
Antes de se projetar o aterro, são feitos
estudos geológico e topográfico para selecionar a área a ser
destinada para sua instalação não comprometa o meio ambiente. É
feita, inicialmente, impermeabilização do solo através de
combinação de argila e lona plástica para evitar infiltração
dos líquidos percolados, no solo. Os líquidos percolados são
captados (drenados) através de tubulações e escoados para lagoa
de tratamento. Para evitar o excesso de águas de chuva, são
colocados tubos ao redor do aterro, que permitem desvio dessas
águas, do aterro.
A quantidade de lixo depositado é
controlada na entrada do aterro através de balança. É proibido o
acesso de pessoas estranhas. Os gases liberados durante a
decomposição são captados e podem ser queimados com sistema de
purificação de ar ou ainda utilizados como fonte de energia
(aterros energéticos).
Segundo a Norma Técnica NBR 8419
(ABNT, 1984), o aterro sanitário não deve ser construído em áreas
sujeitas à inundação. Entre a superfície inferior do aterro e o
mais alto nível do lençol freático deve haver uma camada de
espessura mínima de 1,5 m de solo insaturado. O nível do solo deve
ser medido durante a época de maior precipitação pluviométrica
da região. O solo deve ser de baixa permeabilidade (argiloso).
O
aterro deve ser localizado a uma distância mínima de 200 metros de
qualquer curso d´água. Deve ser de fácil acesso. A arborização
deve ser adequada nas redondezas para evitar erosões, espalhamento
da poeira e retenção dos odores.
Devem ser construídos
poços de monitoramento para avaliar se estão ocorrendo vazamentos
e contaminação do lençol freático: no mínimo quatro poços,
sendo um a montante e três a jusante, no sentido do fluxo da água
do lençol freático. O efluente da lagoa deve ser monitorado pelo
menos quatro vezes ao ano.
Aterro
Controlado
É
uma técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo,
sem causar danos ou riscos à saúde pública e a sua segurança,
minimizando os impactos ambientais. Este método utiliza princípios
de engenharia para confinar os resíduos sólidos, cobrindo-os com
uma camada de material inerte na conclusão de cada jornada de
trabalho.
Esta forma de disposição produz, em geral,
poluição localizada, pois similarmente ao aterro sanitário, a
extensão da área de disposição é minimizada. Porém, geralmente
não dispõe de impermeabilização de base (comprometendo a
qualidade das águas subterrâneas), nem sistemas de tratamento de
chorume ou de dispersão dos gases gerados. Este método é
preferível ao lixão, mas, devido aos problemas ambientais que
causa e aos seus custos de operação, a qualidade é inferior ao
aterro sanitário.
Na fase de operação, realiza-se uma
impermeabilização do local, de modo a minimizar riscos de
poluição, e a proveniência dos resíduos é devidamente
controlada. O biogás é extraído e as águas lixiviantes são
tratadas. A deposição faz-se por células que uma vez preenchidas
são devidamente seladas e tapadas. A cobertura dos resíduos faz-se
diariamente. Uma vez esgotado o tempo de vida útil do aterro, este
é selado, efetuando-se o recobrimento da massa de resíduos com uma
camada de terras com 1,0 a 1,5 metro de espessura. Posteriormente, a
área pode ser utilizada para ocupações "leves" (zonas
verdes, campos de jogos, etc.).
De acordo com a Pesquisa
Nacional de Saneamento Básico - PNSB - 1989, realizada pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE - e editada
em 1991, a disposição final de lixo nos municípios brasileiros
assim se divide:
76%
em lixões;
13%
em aterros controlados e 10% em aterros sanitários;
1%
passam por tratamento (compostagem, reciclagem e incineração).
Redação
Ambiente Brasil
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/residuos/coleta_e_disposicao_do_lixo/aterros_de_residuos.html